Dez anos depois continua a ser o nosso "douradinho" que se abana todo cada vez que chegamos a casa, que nos rouba sorrisos quando o vemos feliz e contente a rebolar na relva, a "mergulhar"nas ondas...
Há dez anos atrás trouxemos uma pequena bola de pêlo para casa que foi escolhida por ser o mais calminho da ninhada, porque fez um mega xixi assim que nos chegámos ao pé dele e estendemos a mão. Não veio logo ter connosco (como fizeram os irmãos que saltavam que nem doidos à nossa volta), ficou encostado à parede, muito quietinho e com ar de "já sei que não me vão querer porque sou mais tímido que os meus manos" e nós olhámos um para o outro e acordamos logo que seria Aquele.
Nos dois primeiros dias na casa nova practicamente não se mexeu. Pousei-o no hall de entrada e ele ali ficou...horas. Cheguei a levá-lo à rua ao colo. Chegamos a pensar que talvez fosse cego, surdo... Ao 3º dia passou-lhe e começou a ambientar-se. E como se ambientou!!! Roeu tapetes, sofás, armários ainda embalados do Ikea (ainda hoje nos perguntamos como é que ele comeu uma trave de madeira INTEIRINHA!!!) e até paredes ele roeu! Ele lá sabia que naquele sítio houve em tempos uma porta...
Adaptamos a nossa vida à sua presença. As férias passaram a ser num monte alentejano a 2 km da praia, com muito terreno livre para ele explorar e muita bicharada para lhe fazer companhia. Ía connosco para a praia e fazia parar famílias inteiras que ficavam a admirar o nosso douradinho a brincar nas ondas.
Pregou-nos alguns sustos: com 1 ano aventurou-se pela estrada atrás do amor da sua vida e levou um encontrão de um carro, mas felizmente foi maior o susto do que as mazelas. Depois disso Ele treinou-o durante horas a fio e hoje o nosso douradinho não atravessa a estrada sem autorização.
Com 3 anos descobriu que é alérgico a abelhas e que entra em choque anafilático quando é picado. Mais uma vez, felizmente chegamos a tempo ao veterinário e ficaram apenas as fotos de um labrador inchado e com bolhas pelo corpo.
Aos 8 quase deixou de andar por causa da displasia da anca, mas uma dieta rigorosa e exercício físico devolveram-lhe a mobilidade na totalidade. Ainda hoje come ração de dieta que custa quase tanto quanto o que nós gastamos nas nossas compras do supermercado.
Hoje é quase cego porque as cataratas chegaram cedo, mas continua a fazer os seus passeios com a liberdade possível ( na maioria das vezes solto, mas connosco, os "humanos-guias", a dar indicações) Ás vezes lá dá uns beijinhos nuns bancos de jardim mas segue feliz e contente em busca do próximo local ideal para marcar território.
Está a passar uma fase mais complicada agora porque o Baby F. exige muita atenção da nossa parte e durante os primeiros dias andou mesmo baralhadinho... A voz "abebezada" que utilizámos para falar com ele enquanto o enchíamos de mimos, é agora utilizada para falar também com o novo inquilino que para ele não é mais do que 50 cm de muito choro e cheiro a cocó.
Anseio pelo dia de os ver a rebolar juntos na relva...
Obrigado meu douradinho por estes 10 anos de felicidade.
Obrigado por me receberes sempre com o rabo a abanar.
Obrigado por te encostares a mim quando estou triste.
Obrigado por seres meu companheiro.
Obrigado por seres meu Amigo.
Mummy loves you :)
Bem, o Douradinho é realmente um doce. Tem um ar ultra-simpático, comum aliás aos Labradores. E na última fotografia está adorável...
ResponderEliminarÉ um docinho sim! Mas eu sou suspeita :)
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