terça-feira, 24 de julho de 2012

Uma hora ( e meia) pequenina

Quando estava grávida perdi a conta à quantidade de vezes que me desejaram uma hora pequenina. Certo dia, no Pingo Doce, um senhor chegou a dirigir-me a palavra exclusivamente para mo dizer. Fiquei uns segundos a pensar de onde o conhecia antes de agradecer e seguir a minha vidinha, já certa de que não o conhecia de lado nenhum...
A verdade é que não me posso queixar! No dia do nascimento do Baby F. fui a uma consulta e saí de lá com um " Xiii... Isto ainda está um bocadinho demorado. O melhor é marcarmos uma indução. Ora escolha lá o dia. 12 ou 14 de Junho?? " Ficou marcado para dia 14 e lá voltámos para casa ( às 19.00h). Pois bem.. foi o tempo de jantar e comecei a sentir aquilo a que eu chamei de uma "moínha" nos rins.  Uns minutos depois...Sentei-me no sofá. Deitei-me no sofá. Andei pela casa. Deitei-me na cama. Encolhi-me na cama. Pedi ao Pai para telefonar para o Hospital e explicar o que eu sentia e a resposta foi: " Venha já para cá!"
Quando caí em mim estava a contorcer-me na sala de observações. Ainda andei pelos corredores para acelerar a coisa, pelo meio supliquei pela bendita epidural e deixei bem claro: " Preciso dela JÁ!!!!!!!! Quero lá saber quantos centímetros de dilatação tenho, ou a levo já ou esqueçam o parto normal. Vai de cesariana! "Aquilo não é para brincadeiras...
Ainda hoje me pergunto como é que alguém tem filhos sem uma bela dose de drogas...
A epidural também não é pêra doce mas a perspectiva de não me sentir mais como se me estivessem a espremer as entranhas tornou tudo bem mais cor de rosa.
Depois seguem-se minutos de puro Bem-Estar....Ahhhhhhh que maravilha! Isto até parece mal de dizer, mas até dormi. Com direito a um fiozinho de baba a escorrer pelo canto da boca, de tão bom que aquilo é.
Disse ao Pai para aproveitar e ir dormir umas horinhas para o quarto porque aquilo ainda devia demorar e eu estava literalmente NA BOA... até sensivelmente uma hora e meia depois quando acordei com as piores dores que já senti na vida! Ainda aguentei uns minutos enquanto pensava "estás a ser uma grande mariquinhas. Ainda agora levaste a epidural por isso faz-te mulherzinha e não pies!"Este pensamento durou 5 minutos no máximo e toca de carregar na campainha e chamar a enfermeira que chegou muito tranquila, olhou para mim com ar de desdém e depois de eu insistir chamou a médica assistente que levantou o lençolzinho, arregalou os olhos e mandou chamar a minha médica imediatamente. Deu-me mais "drogas" e saiu da sala de partos a dizer: " Não faça força!"
O Pai foi acordado e correu para sala senão já não via o filho a nascer.
A partir daí não me lembro de muito até ao momento em que o Baby F. estava ao meu colo.
LINDO, PERFEITO E "NOSSO" PARA SEMPRE, aconteça o que acontecer.





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