quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

❤️Avó

Neste Natal perdemos a matriarca da família. Decidiu no dia 24 ir passar o Natal junto do meu avô. Foi um Natal triste e cinzento, como o tempo. 
Ficam 94 anos de histórias contadas, de uma vida longa e feliz, com um filho, dois netos e quatro bisnetos. 
Recordarei para sempre a avó como a pessoa que mais brincou comigo- ninguém brincava como ela. Fazia as histórias, encarnava as personagens fossem elas mãe, filha, doutora, paciente, homem do pão... A imaginação nunca lhe faltava. Ficam as histórias dos irmãos Metralha, do Laranjinha- o bom ladrão, ficam as pegas da cozinha feitas em crochet, ficam as receitas de salsicha enrolada em massa tenta, os camarões panados. Fica a lembrança da carne que picava para a nossa sopa e que nos ía dando ainda a sopa não estava acabada de fazer. Ficam os Verões passados a apanhar cenouras, a colher figos, as investidas ao galinheiro para ir buscar os ovos, muitos deles com duas gemas. 
Ficam os queijos da Serra que me trazia todos os anos, esquecendo sempre que odeio queijo. Ficam as perguntas ao pequeno almoço sobre o que queria para o almoço, ao almoço o que queria para o jantar. Fica o ovo com poço, as flores amarelas que apanhavamos para trazer para casa nos passeios ao entardecer. 
Ficam muitos anos de carinho, de uma avó como muitos netos queriam ter e uma partida deste mundo à sua moda: sendo o centro das atenções. Não poderia ser de outra forma. 
Obrigada por tudo Avó. Sentirei muito a tua falta, mas sei que estás a olhar por todos nós. 
Um beijinho da tua neta que te Adora ❤️

domingo, 22 de dezembro de 2013

Fim de semana carregado de jantares natalícios. Hoje podia ficar em casa a curar a laringite, que podia. Mas não fico.   Tenho um beijinho repenicado para entregar pessoalmente a alguém muito importante e eu faço mesmo questão que ela saiba o quão importante é. 
Vou de surpresa, vou num pé e volto no outro, mas vou! Porque há beijinhos que não podemos guardar para depois. Tem que ser no dia e na hora certa. Tem que ser de surpresa e inesperados. 
Têm que ser de mim para ti! 
Até já Babyyyyy!!!!

Brotherhood

Ontem foi noite de Jantar de Natal de amigos, amigos de longa, longa data... Mais de 20 anos. 
Meu Deus, conservar amizades há mais de 20 anos é um sinal claro de que não estamos a caminhar para novos.
Em cada jantar, que regra geral acontece apenas 1 vez por ano, sinto que estamos todos tão diferentes mas tão iguais. Parece que não nos vemos apenas há uns dias e na realidade passam-se 365 de cada vez. As conversas fazem-se com tanta facilidade, os beijinhos e abraços são trocados com a sinceridade e alegria de sempre. 
Tenho amigos que vejo com muito mais regularidade e não sinto a proximidade que sinto com este grupo... Talvez porque trocámos chuchas, porque fizemos a sesta de meio do dia juntos, porque passamos grande parte da nossa vida e tantos momentos importantes lado a lado. Formámos a nossa personalidade juntos, aprendemos valores comuns... 
Sinto-me como se tivesse irmãos por aí espalhados e que ( infelizmente) só reencontro uma vez por outra. Sinto-me em casa. 
E todos sentimos o mesmo. É tudo tão fácil e natural. 
E estes jantares chegam-nos para contar as novidades, para vermos fotos dos filhos uns dos outros, para nos rirmos com as asneiras que fazíamos na altura do colégio ... e foram tantas que não sei como resistimos até ao 9o ano todos por lá.
Só tenho pena que com a conversa toda nos tenhamos esquecido de tirar uma foto, mas fica tudo guardado com carinho nas nossas memórias, que havemos de partilhar daqui a mais 20 anos. 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

No grupo das Mães alguém publica um pedido de ajuda porque 'a máquina de aerossoís não deita fumo branco, o que se passará???'
Estive a um dedo mindinho de comentar: 'so, there's no Pope yet'. 
Depois achei que isto daria direito a expulsão na certa e fiquei sossegadinha a rir com Ele no sofá. 

Chega a uma certa hora e sou invadida por uma estupidez sem descrição. 
Acabei de apanhar o Pai da criança a besuntá-la de beijinhos e miminhos enquanto ela dorme... 

Já não libertava tanta oxitocina desde que pari, pá! 

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Vou à Knot comprar dois casacos de malha e um casaco de Inverno que me custam os olhos da cara. 
Passo o dia a tentar mentalizar-me de que foi dinheiro bem gasto porque as peças são de boa qualidade e fui esperta por comprar 1 tamanho acima... Ainda não estava totalmente mentalizada e recebo esta mensagem: 

 
Não vale a pena dizer mais nada pois não?! 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Eu sou uma pessoa distraída, esquecida e meio aluada, características que se acentuam quando a vida não me corre de feição. Que é o caso!
Há umas semanas, com a cabeça feita em água, fui passear o cão. Vesti o casaco, agarrei as chaves de casa, o telemóvel e a trela. Gesticulei-lhe, apontando para a trela, que ía sair com o douradinho. Ele estava ao telefone e acenou enquanto dava um olho ao F. que corria pela casa ( sim, ja anda, corre...).
Saí. 
Carreguei no botão do elevador e esperei.
O elevador chegou e eu entrei.
De repente: " merda, então e o cão?!"
Voltei a entrar em casa sem dar grandes explicações, agarrei no cão que estava à porta com um ar baralhado ( pudera!) e saí enquanto ele ria e contava o meu feito pelo telefone. 
Também já perdi um elástico do cabelo ( que anda sempre no meu pulso desde que fui mãe) e fui dar com ele horas depois de o ter ' perdido'... no tornozelo.
Diz que nem vale a pena tentar explicar. Eu concordo.
Há uns meses atrás...


Uma pessoa tem um carrinho todo catita para a criança. Chega alguém ( eu não quero ser queixinhas, mas foi o Pai) e diz que é enorme, que dá trabalho a montar, que é quente demais... Nós lá concordamos e vamos à procura de outra solução por tuta e meia.
Solução: carrinho-bengala do Continente. 
Hoje lá fui, com a criança ao colo ao Continente. Não fazia sentido levar o antigo para depois vir com os dois no porta bagagens. Comprei o carrinho, montaram-no logo ali, não trouxe caixa, nem plásticos, nem essas traquitanas todas, mas felizmente trouxe o caderninho das instruções. 
Chegados ao carro, toca de pôr o F. na cadeirinha e vamos lá fechar esta maravilha de carrinho leve, práctico, fresco... O caneco é o que é!
E quem é que fechava aquela merda???
A criança chorava no carro, eu entalava-me a cada 2 minutos na porcaria do carrinho-bengala, top dos práticos, leves e frescos, e nada de fechar aquela coisa! 
Abri o caderninho das instruções que tem muitas páginas mas só uma é em português. Bolas, se as instruções são só uma página eu sou mesmo muito azelha. 
Toca de seguir as instruções... e o carrinho nem mexia. 'Puxar o travão de baixo com o pé e seguidamente o de cima com a mão, dobrar e está pronto a arrumar'. 
Deve ser coisa fácil quando o carrinho já tem algum tempo de uso e as dobradiças estão mais lassas, mas agora não é. Muito menos para quem está de havaianas. Ainda tenho a marca do travão no pé. 
Ainda tentei enfia-lo no porta bagagens aberto... Mas depois lá consegui fecha-lo. 
Epa, cabe mal e porcamente no carro! Nao cabe lá mais nada! 


4 meses depois já descobri que de facto é muito fácil de fechar mas as instruções omitem (deliberadamente e para nós fazermos figuras tristes!!!) um pequeno pormenor. Fora isto continua a mal caber no porta-bagagens e a criança não fica lá nada confortável.
Quem tinha razão?






VAMOS LÁ POR ISTO A MEXER NOVAMENTE???

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Lei de Murphy: if anything could go wrong, it will. 
Cá por casa poderia muito bem chamar-se Lei de Outubro visto que este mês, muito pouca coisa poderia correr pior, mas nunca se sabe, ainda estamos a 3 dias de Novembro... 


terça-feira, 6 de agosto de 2013

Mães vs Pais

Hoje, numa conversa de mães na creche do F., uma delas afirmava que os homens são todos iguais. Egoístas, pouco prestáveis, preguiçosos, egocêntricos... 
Alertava a educadora para não se assustar caso o seu filho começasse a dar entrada na creche todo mal vestido, com remelas e sem almoço. É que o pai ía ficar encarregue 'das manhãs' para que a mãe pudesse começar a frequentar o ginásio antes de ir trabalhar. A conversa desenrolou para as noites mal dormidas, para as promessas de que quando a amamentação terminasse ele se encarregaria do biberão ( coisa que nunca fez), para o facto de não ajudar nos banhos nem na alimentação... Ela queixava-se de que acabava sempre por ter que intervir, caso contrário ficava tudo mal feito, a criança saía do banho com restos de shampo no cabelo, comia tudo frio, demorava duas horas a adormecer... 
E eu não consigo evitar de pensar que provavelmente nós, mulheres, é que somos todas iguais. 
Quantas vezes já dei por mim a intervir quando o Pai está a adormecer o F. porque o ouvi chorar um pouco mais do que o habitual, a intervir quando ele está a dar a sopa porque acho que pode esquecer-se que ele gosta de intercalar a sopa com a fruta, ou porque pode esquecer-se de oferecer água. 
Intercedi porque tinha medo que se esquecesse de lhe vestir o bodie interior, ou deixei tudo pronto, desde a fralda ao casaco. 
O mundo acabava caso alguma destas coisas acontecesse? A criança morria de frio, fome ou sono? Não! 
Podia comer a sopa fria e sem fruta pelo meio, podia resmungar mais para dormir, podia andar para aí com unhas de metro e meio, mas tal como eu adquiri um método, uma rotina e aprendi a tratar do F., o Pai também aprende. Se tiver que aprender. Muitas das coisas que hoje em dia me saem naturalmente já foram complicadas. Já tive que voltar a casa para vir buscar a sopa, ja fui arranhada porque me distraí com o tamanho das unhas do F. Já estive uma hora a tentar adormecê-lo até perceber o que funciona com ele... O Pai não faz mais ( mesmo sendo um Pai presente e participativo) porque eu não deixo para ele fazer, porque me preocupo. Da última vez que estive a trabalhar num evento durante 13 horas deixei uma lista com todas as indicações, horários, gostos... Duvido que a tenha seguido à risca e correu tudo às mil maravilhas. Saí de casa com a criança ainda a dormir e a dormir o encontrei quando cheguei. E no dia seguinte tinha o mesmo filho. Alimentado, descansado e com tudo no sítio. 
Não digo que não existam homens que não ajudam e que se demitem das suas funções e responsabilidades enquanto pais, porque os há, mas muitas vezes não fazem mais porque nós intercedemos, não precisam de fazer nada... porque está tudo feito. Não tiram o pé da cama quando a criança acorda a chorar porque nós já estamos a pé bem antes deles, e por aí em diante...
Eu própria ajudo de mais, faço demais e com isso estou, não só a cansar-me a dobrar e arranjar motivos para me chatear, como a privar Pai e filho de momentos preciosos. 
Isto tudo porque não acredito que os homens sejam todos iguais, nem que façam ( ou não) as coisas com má intenção ou propositadamente. Nós, muitas vezes, é que nos achamos o máximo, super mães, super mulheres ao invés de sentarmos o rabo no sofá e deixarmos o Pai ir lá ver porque chora a criança. 
Os homens não são todos iguais, nem todos preguiçosos, nem todos egocêntricos...
As mulheres é que, às vezes, são burrinhas demais. 



quarta-feira, 31 de julho de 2013

Frames of life #4 ❤


Dia dos Avós passado com a Bivó




Fofos de Belas



Um presente especial para um casal muito especial


Amor de irmãos






Carcavelos-versão capitalista

Quem gosta da praia de Carcavelos? Eu! 
Quem acha que é a'sua praia'? Eu!
Quem é que não põe lá os pés no pico do Verão? Eu!
Até hoje. 
Eu tenho uma alergia imensa a praias apinhadas, a 'manos' que levam o rádio 'prá beach' e põe a malta toda a ouvir kuduro contra a sua vontade, a asneiradas em pleno areal com crianças ao lado, aos pacotes de leite e garrafas de mini que ficam por ali, às sombras dos chapéus de sol dos vizinhos do lado que nos ensombram também...
No Verão sou rapariga para apanhar uma ventania no Guincho e fora isso faço piscina e Costa Alentejana ( minha querida Costa Alentejana que este ano não te ponho a vista em cima...). 
Mas hoje decidi experimentar a minha praia mas numa versão capitalista. Perdi o amor a 10€ e aluguei um toldo todo o dia. Estou maravilhada! Acho que me vou desgraçar o resto do Verão, não vou ver as novas colecções, vou passar a tomar o pequeno almoço em casa e vou gastar o dinheirinho num toldo todos os dias que tenha livres. 
Estou na praia mais concorrida da linha, mas não estou. Ela está cheia de gente mas eu nem dou por eles. Não ouço kuduro em lado nenhum, não tenho que me preocupar se o chapéu de sol vai voar... Posso bem ter descoberto o paraíso mesmo à porta de casa. Como é que nunca me tinha passado isto pela cabeça? COMO? 
Agora só tenho que me preocupar em não apanhar um escaldão e dar uso ao meu factor 20 porque estou com cor de lula e cheira-me que vou aguentar-me por aqui muitas horas ( coisa impensável noutras condições) de papo para o ar. 
Ahhhh, que bem que se está em Carcavelos. 
A Kiki vai à Comporta brincar aos pobrezinhos, eu venho a Carcavelos brincar aos riquinhos. Cada um nasce para o que nasce! 

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Gosto dele

Gosto dele porque há muitos anos atrás tocou 'three little birds' da janela do quarto dele para a minha, porque conduzia sem carta mas parava sempre nas passadeiras, porque segura a porta às senhoras e se elas não agradecerem, ele solta um 'muito obrigado' impossível de ignorar.
 Gosto dele porque me diz coisas bonitas, mas quando eu lhe digo feias ele não cala e responde. 
Gosto dele porque me cortou a comida durante um mês e me lavou o cabelo durante uma semana. 
Gosto dele porque me apresentou a praias de cortar a respiração, porque me deixou 'alargartar' durante 8 horas nas mesmas e rapidamente desistiu de me perguntar se queria jogar raquetes, ou volei, ou surfar, ou correr, ou qualquer coisa que implicasse mexer o rabo. 
Gosto dele porque me diz as verdades e porque tende a exagerar sempre que o faz. 
Gosto dele porque é carente, porque pede festinhas nas costas para adormecer e porque se queixa que não lhe dou mimos. 
Gosto dele porque me pôs a gostar do Top Gear, porque me ensinou a ver a pressão dos pneus e o nível do óleo, embora acabe por ser sempre ele a controlá-los. 
Gosto dele porque me pergunta 'vou bem?' depois de se vestir, porque se digo um 'sim' mixuruca ele volta atrás e altera qualquer coisa. 
Gosto dele porque se riu quando lhe disse que pensava estar grávida, enquanto que eu chorei.
Gosto dele porque me amparava a barriga quando estava prestes a rebentar, porque nunca me deixou ceder  a desejos ridículos e me dizia:'já não podes engordar mais!' 
Gosto dele porque esteve sempre ao meu lado quando o nosso filho nasceu, porque viu as minhas àguas rebentadas ( e nojentas), viu sangue por todo o lado, viu placenta, viu quase tudo e manteve-se ali, como se nada se passasse. Gosto dele porque me deu a mão e me empurrou a barriga e chorou... Chorou e sorriu muito quando o F. nasceu. 
Gosto dele porque é bom Pai e brinca muito com o filho. Porque lhe mostra as flores, as formigas, as cores da Natureza e fica tão fascinado como o F.
Gosto dele porque está ansioso por pôr o filho em cima de uma prancha, ou de várias.
Gosto dele porque a minha cabeça encaixa como uma luva no seu peito. 
Gosto dele porque tem princípios e valores inabaláveis. 
Gosto dele porque acredita quando eu duvido. 
Gosto dele porque sim. 
Gosto dele porque um dia havemos de "trocar fraldas um ao outro" e porque  não vamos precisar de bengalas porque nos apoiamos um no outro. 
Gosto dele porque ele é perfeito, perfeito só para mim. 

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Há umas noites atrás falámos pela 1ª vez sobre baptizar o F. Eu quero muito baptizá-lo. Sou uma católica que raramente vai à missa mas acredito em Deus, Jesus, Maria e todos os santinhos. Desde que o meu filho nasceu rezo todas as noites, como há muito não fazia, de preferência enquanto lhe dou os últimos miminhos antes de o por na cama e por todos estes motivos e muito mais ( que agora não vou enumerar) acho que faz todo o sentido que seja baptizado, educado segundo a religião católica. 
Farei questão que conheça outras religiões, que retire de todas o que há de melhor e se um dia mais tarde decidir ser Budista ou outra coisa qualquer, desde que seja um bom Budista e que respeite as restantes religiões, por mim estará à vontade. Mas até lá gostava que fosse educado como católico.
O Pai concorda, embora ele não seja baptizado (história longa que um dia talvez conte), mas ao invés de me dizer: "Ok, então vamos lá marcar". Diz-me que o baptizamos quando nos casarmos. Oi?
Eu gostava de baptizar a criança agora e não quando ele tiver 18 anos. 
Just saying... 

segunda-feira, 8 de julho de 2013

A família cresceu... de um dia para o outro!

E assim do 'pé prá mão' ganhei uma cunhada da minha idade, um sobrinho, fofo que só ele, com 3 anos e um cunhado.
 A família cresceu e não houve tempo de preparação, não houve 9 meses de espera... Nada. 
Toma lá e agora assimila! 
Isto pode muito bem ser a coisa mais estranha que já me aconteceu...
Já sei vinte mil coisas sobre ela, mas no fundo não sei nada. 
Sentir o entusiasmo dele ( e o dela) deixa-me ansiosa e irrequieta porque foi tudo muito repentino... Quando a excitação passar talvez consiga aproveitar toda esta nova condição como deve de ser.  Agora é tudo muito intenso, estranho... Bom, muito bom por eles, mas mesmo assim estranho. Sempre quis ( muito) que este reencontro acontecesse e agora só quero conhecê-los, que façam parte da nossa vida, fazer parte da deles e que o F. brinque muito com o ' novo' primo. 

Bem-vindos à família! 



sábado, 6 de julho de 2013

Eu jurei que não me queixava mas está um calor que não se aguenta. NÃO SE AGUENTA! 
Eu já acordei a destilar, e eram 7.40h da manhã, pela fresquinha... Ya, right... Fresquinha, o catano! 


sexta-feira, 5 de julho de 2013

A ervilha em que vivemos

Hoje, algures em Carcavelos, dois irmãos  reencontram-se. Quase 30 anos depois da vida os ter separado! Ela não se lembra dele, de todo. Ele recorda-se de uma bebé, a irmã mais nova, filha do Pai, que ele agarrou nos seus bracinhos de criança de 5 anos, para uma foto que não sabia ser a única que teria dela, pelo menos durante 30 anos. 
O mundo é tão pequenino... e a minha querida amiga desbocada, desbocou-se toda quando percebeu estar perante a tal irmã ' perdida' do amigo. 
Duas semanas depois estou aqui, a escrever de lágrimas ( de alegria) nos olhos, ansiosa por notícias. 
Se eu estou nesta emoção, com o coração quase a saltar-me pela boca, imagino como eles estarão. 
Isto são coisas de filmes que eu nunca pensei viver tão de perto, mas a vida encarrega-se de juntar quem deve estar junto e o mundo, com todo o seu tamanho, encolhe-se até ficar como uma ervilha para que a distância seja curta. 

domingo, 30 de junho de 2013

Estoma... quê?

Ora adivinhem lá...
O pequeno terrorista apanhou mais uma 'ite'. Mas nada de repetições, vai-me sempre brindando com cenas novas para eu não me cansar. Que piada é que tinha se fosse algo com que eu já soubesse lidar? Deus nos livre! Monotonia é que não.
Agora é uma estomatite aftosa. Nada de grave, é só chata e dolorosa com'a putaça! 
" Ai, mas é mesmo assim, é bom que apanhem tudo nos primeiros tempos de creche para ganharem defesas." 
Epá, que apanhem os vossos filhos que eu não tenho pretensões a ter um super-homem cá em casa. 
Anda uma gaja a dar cabo das mamas, a acordar de 3 em 3 horas para dar de mamar quase até ele fazer 18 anos ( ou só até aos 8 meses) para ver se ele ganha defesas e fica ali rijo que nem aço e afinal... 



sexta-feira, 28 de junho de 2013

Big Brother

O meu Big Brother fez 39 anos. O tempo passa tão rápido... Eu tenho sempre dificuldade em 'encaixar' a sua idade, talvez porque cada vez mais, também tenho dificuldade em 'encaixar' a minha... E sou 11 anos mais nova. Que faria se não fosse?!
O meu mano foi o meu segundo Pai. Ainda hoje o é. Com a diferença de idades é natural que assim seja e nós temos pais que toda a vida trabalharam de sol a sol e nós passávamos muito tempo juntos e sozinhos. Os ralhetes era ele que mos dava, era o primeiro a chegar ao hospital em caso de acidente, ajudava-me nos trabalhos de casa e muitas vezes acabámos a estudar juntos.  Eu aprendia a escrever a direito numa folha pautada, ele preparava-se para os exames do secundário sempre a passear pela casa de bola nos pés. Muitos candeeiros e jarras se partiram pelo caminho mas ele é mestre a remendar, coisas e situações. Até o candeeiro de vidro fosco sob o qual jantávamos estava colado com super cola. A nossa mãe demorou anos a dar conta e a resposta do meu dele foi simplesmente: "Ai, isso já foi há tanto tempo que já passou o prazo para te chateares..." E assim se safou, como se safa sempre, cada vez que abre a boca, porque foi abençoado com o dom da palavra. Não existe água neste mundo que não lhe vá parar ao moinho. 
A primeira vez que tomei consciência disso era miníma... Fiz-lhe uma data de desenhos ( um dele do Taz da Tasmânia, que ele adorava) e quando lhos entreguei ele sorriu imenso, fez olhinhos, elogiou-os grandemente e depois pediu-me que os guardasse no meu quarto porque ele não tinha muito espaço livre e não os queria estragar. WTF??? E eu alinhei, sorri e guardei-os religiosamente na minha gaveta. WTF??? Que me lembre foi a primeira vez que me deu a volta, sem eu sequer perceber.  
Sempre abdicou de tardes na rua com amigos porque não me podia levar arrastada, mas convencia-os a plantarem-se tardes inteiras lá em casa e incluía-me nas brincadeiras dele, nas actividades... Participei em filmagens de videoclips de covers dos U2, sketches dos programas do Herman... Graças a ele comecei muito cedo a ver filmes sem legendas ( e o meu Inglês agradeceu!), treinei o ouvido para Pop, Rock, Punk, Grunge... Sabia quem era a Alanis Morissette e os Pearl Jam quando as minhas amigas sabiam quer eram os Mini-stars. 
Íamos ao cinema ver filmes que nem sempre eram para a minha idade, mas eu calava-me muito caladinha porque não queria correr o risco de me tirarem aquelas tardes. 
Ensinou-me ( ou tentou) a arrumar as coisas, a organizar, mas acabava sempre a ser ele que me arrumava o quarto. Na altura não fazia ideia, hoje sei que o ajuda a relaxar. 
O tempo passa e eu continuo a olhar para ele cheia de orgulho e de peito inchado como fazia quando era pequena e ele me ia buscar ao colégio deixando um rasto de suspiros atrás. Hoje percebo o que é que as raparigas do 9o ano queriam comigo... Elas não achavam grande piada à miuda da 4a classe, gostavam muito era do seu irmão mais velho. 
Hoje é um marido carinhoso, um Paizão de três e continua a ser o meu mano, meu segundo Pai e o homem que eu mais admiro, pela forma como vive a vida e como se relaciona com as pessoas. 
Parabéns mano! Gosto muito, muito de ti. 





Nós, há muitos, muitos anos atrás. 

terça-feira, 25 de junho de 2013

Afinal...

... ASSIM é que se curam as neuroses! 

Assim se curam as neuroses


Virada do avesso

Acordei irritada. Tudo me enerva, tudo me atrapalha, está tudo mal com o mundo. Todos são incompetentes, todos são linguarudos, todos são lentos... Já mandei vir com o gerente do café que tenta afugentar um cão que ali entrou ( e plantou o focinho na minha mesa e me lambeu o pão!!!!) explicando-lhe que não pode estar ali, que é feio, que não pode incomodar os clientes, mimimimimimi... Pelo amor da Santa! Tive que me levantar, agarrá-lo pelo cachaço e arrastar um peso morto pela porta. Podia ter levado uma trinca valente logo pela matina mas até o pobre do bicho deve ter ficado a pensar que era melhor estar quietinho senão quem levava uma dentada era ele. Não fui bruta, atenção. Também tenho um cão que é tratado como gente e se alguém ali merecia um par de tabefes eram os empregados que são uns bananas de primeira! 
Depois de tomar meio pequeno almoço fui passear o meu douradinho que hoje está especialmente cego e especialmente surdo, ou sou só eu que estou especialmente impaciente e insuportável. Ainda tive que ouvir boquinhas de uns senhores da EMAC que fizeram uma pausa para fumar um cigarrinho e meter-se com as miúdas. Tiveram muito azar porque eu estou virada do avesso e quando fui buscar um saquinho para apanhar o presente do meu cão e vi que não havia nem um, interrompi os galanteios javardos dos ditos senhores e perguntei se não se importavam de parar de bichanar e fazer o trabalho deles. É um trabalho tão simples: andam nas suas motoretas, vêm se os jardins estão bonitinhos, se os caixotes do lixo estão cheios e se são precisos sacos para os cocós dos cães. Então reponham a merda dos sacos que é para isso que lhes pagam! Estavam à espera de tudo, menos daquela minha explosão. Nem fiquei para ouvir a resposta... 
Agora estou a tentar respirar fundo e mandar tudo cá para fora. Começo a achar que tenho que arranjar um hobbie onde consiga descarregar toda esta fúria que por vezes se planta em mim. Parece que vou explodir. 
Respira, respira, respiiiiiiraaaa, respiiiiiiiiiiiiiiiira... 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Educando

Criança em modo ' educando' a entreter-se sozinha no quarto. Mãe a vegetar no sofá e a espreitar pelo intercomunicador vê que o filho não consegue estar mais do que 5 minutos sem fazer asneiras ou sem fazer movimentações perigosas, mas a aguenta-se no sofá e só lá vai quando a coisa de facto já está fora de controlo. 

Estamos há uma hora nisto porque o pequeno terrorista tem muita atenção na creche, muita atenção em casa e está a ficar muito mimadinho. Há que tomar uma posição já, sob pena de ter um pequeno terrorista-mimado-birrento. Chega bem a parte do terrorista que dificilmente conseguirei contrariar.
Ainda não chorou e da única vez que chamou 'Mamãããe', eu fui lá, enchi-lhe as bochechas de beijo lambidos e retirei-me novamente. 
Bem sei que isto não vai funcionar assim do 'pé pra mão' mas so far, so good. 
Baixas a registar- um pacote de dodots, um protector de cantos, a parte da frente da sola de um sapato e a roda de um carro- fora isto tudo tranquilo. 




Começo a ponderar a compra de uma trotinete ( com motor, claro) porque isto de ter carro dá muita despesa e muito trabalho. Se não fosse o meu Homem o carro estaria sempre encardido, na reserva, sem inspecção ou pastilhas nos travões.
Ele é seguro, ele é revisão, ele são pneus... Uma mulher não tem cabeça para tudo isto. Até me considero desenrascada, mas isto de fazer sem gosto, cansa. 
Sei ver a pressão dos pneus, ver o nível do óleo, por água no mija-mija, por gasolina ( mas se houver por perto uma bomba com um senhor simpático que lá está para isso mesmo, é lá que eu vou certamente) e teoricamente também sei trocar um pneu, mas é tudo tão chato Meu Deus! 
Na semana passada, em conversa com o meu senhor cheguei à conclusão que: 

- a inspecção do meu carro devia ter sido feita algures em Fevereiro- UPS!;

- a revisão igualmente-UPS!;

- não pago o selo do carro ou imposto de circulação há pelo menos 3 anos- UPS! ; 

- os meus travões fazem um barulho estranho... Pois, sem pastilhas é capaz de ser difícil isso não acontecer-UPS! ; 

E agora todas estas pequeninas despesas vão cair quando? Este mês, está claro, porque segundo consta um carro sem inspecção dá direito a multa e possível apreensão da viatura. Os travões sem pastilhas estragam-se e é preferível pôr pastilhas que travões ( diz que são carotes). As finanças andam para aí a enviar cartas para a malta pagar o que deve, e se calhar é melhor me chegar à frente e aproveitar para ver se dá para pagar os impostos devidos em suaves prestações. 

Ah, e já me esquecia, dia 26 tenho que pagar o seguro do carro.

Trotinete a motor alguém tem para venda? 

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Será que ela sabe?

Há amizades que nos marcam por uma vida inteira, mesmo que mudem, evoluam, retrocedam, acabem... 
Eu tenho uma assim mas infelizmente a vida afastou-nos, ou nós é que nos afastámos da vida uma da outra, não sei bem. 
Não significa que me esqueça dela, não a esqueço em muitos momentos da minha vida. Cada vez que o Rui Veloso canta na rádio, eu lembro-me de como sabíamos as letras de cor e as cantávamos aos gritos no carro, cada vez que faço combinações loucas de cor com a roupa lembro-me de como ela era incapaz de combinar verde com amarelo, ou roxo com laranja. Cada vez que vejo a imagem do principezinho algures lembro-me de como ela delirava com o livro de Antoine Saint-Exupéry, cada vez que abro a minha carteira a nossa foto tipo passe tirada na estação dos comboios está lá e faz-me sorrir. Quando vou de férias queria que ela viesse também, que conseguisse conciliar a agenda dela com a minha, que ela não tivesse mil empregos e um curso por acabar, um irmão que depende dela e que lhe ' rouba' o tempo... 
Eu queria tanto que ela fizesse parte da minha vida como fazia antes. Sinto tantas saudades. Tantas.  Até das coisas irritantes como chorar a ver o Pearl Harbor por causa da parte verídica da história, da parte do ataque e da maldade do Ser Humano, e não pela história de amor com encontros e desencontros. De demorar 30 minutos a tomar banho quando estamos atrasadas. De acordar a meio da noite com um pesadelo e querer telefonar à pessoa com quem sonhou às 3h da madrugada só para lhe perguntar se está tudo bem. 
Passámos a nossa adolescência juntas e talvez por ter sido nessa fase tão marcante da vida de uma rapariga, a nossa amizade foi intensa e também ela marcante. Vivi com ela as maiores maluqueiras, apanhámos as primeiras bebedeiras juntas, fumámos o primeiro cigarro juntas, passámos os primeiros fins-de-semana sozinhas em casa, chumbámos a disciplinas importantes juntas, estudámos para as repetir, conhecemos os nossos primeiros Amores de verdade, chorámos no ombro uma da outra, trocámos roupa, estragámos roupa uma da outra, passámos férias, Aniversários, Natais, Passagens de Ano ao lado uma da outra.  Fizemos uma viagem de finalistas absolutamente inesquecível onde estivemos perto de levar uma sova de um grupo de marroquinos, onde perdemos 5kgs e o nosso único pedido à minha mãe foi que tivesse Cerelac quando voltassemos para casa. Perdi a conta aos fins-de-semana que ela passou em minha casa, às temporadas, férias... Acordávamos, saltávamos pela janela directamente para a piscina e ali passávamos o dia agarradas aos bronzeadores, a fumar cigarros às escondidas e a falar dos nossos Amores e Desamores. 
Fizemos coisas estúpidas como mentir aos nossos pais para podermos passar uma noite inteira no 'Garage' a ver Jeff Mills, noite essa que acabou por ser um fiasco descomunal, passamos madrugadas a ver filmes e comer frascos de Nutella, leite condensado com banana...
Namorámos melhores amigos, tal como nós o éramos, o meu durou e ainda é o dono do meu coração, o dela não. 
Anos mais tarde ela entrou-me pela maternidade a dentro a chorar baba e ranho carregada de balões que trouxe de mota ( deve ter sido coisa gira de se ver) para ver o sobrinho. E não sei se ela sabe mas mesmo com tanta distância, ela é tão tia do meu filho como o meu irmão de sangue e como mais 2 grandes amigas que tenho.Mesmo. É assim que sinto. 
Será que já lhe disse vezes suficientes o quanto gosto dela? Será que ela sabe a falta que me faz? 





terça-feira, 18 de junho de 2013

Básicos

Tenho uma prima que vai ficar para lá de feliz. Andei de volta do meu armário e segui a velha máxima que diz " se não vestes a peça X há mais de um ano, já não a vais vestir mais". Isto aplica-se mesmo em cerca de 90% dos casos. Fora peças icónicas, se não vestimos aquela t-shirt branca há tanto tempo, tudo indica que não a vamos usar mais. Ela está lá, ocupa-nos espaço, relembra-nos que já não temos nem corpo nem idade para aquilo e isso são factos de que fugimos a sete pés. 
Assim sendo a minha prima adolescente com corpo de sereia vai herdar uma gaveta cheia de tops e t-shirts, brancas, pretas, verdes e amarelas, com e sem mangas, estampadas, lisas... Vai ser um festival é o que é. 
Posto isto lá fui eu gastar dinheiro, que é coisa que não devia fazer, mas uma mulher não pode andar para aí em pelota, certo?!








E assim se começam a renovar os básicos por aqui. 
( tudo Zara, pois claro)

Memória selectiva ( ou excesso de drogas)

Ontem, uma vez mais, confirmei que não me lembro de cerca de 70% do que aconteceu no parto do F.. Fiz uma visita de rotina à minha G.O. e ela lembrava-se de tantas coisas de que eu não me recordo. Fico mesmo chateada com isto, pá! Então mas como é que o meu cérebro me trai assim? Na madrugada mais importante da minha vida... 
Já o Pai me tinha dito que eu não me lembrava de muitas coisas mas eu andava a dar um desconto porque sei que é um rapaz dado a exageros, mas afinal o problema não são os exageros dele e sim a minha falta de memória. Será das drogas que nos dão? Será que o cérebro, numa tentativa deseperada de apagar as dores da nossa memória, acaba a passar uma borracha em outros pormenores que julga não terem importância? É que têm! E eu gostava de lembrar-me de tudo, segundo por segundo... De tudo o que disse, de tudo o que fiz, pensei... Claro que o essencial está cá: que dói que se farta, que a epidural é uma benção, que eu disse montes de asneiras, que o Pai foi tudo o que eu podia esperar e muito mais, da carinha do F., de como ele encaixava na perfeição nos meus braços, do primeiro choro, de ter ficado completamente e instantaneamente apaixonada por aqueles 51cm de gente... 
Não me recordo de ter adormecido depois da epidural. O Pai sempre me disse que sim mas julgava que tinha só fechado os olhos e que me tinha apercebido de tudo o que se passava. Afinal parece que fiz mesmo uma bela sesta de 1hora :0 
Parece que estava muito incomodada com o facto da maca da sala de partos estar apontada para a porta ( e faz todo o sentido que estivesse, parece de facto uma preocupação à Di- mas porque é que tenho que ter o pipi apontado para a porta???)
A Doutora lembra-se bem do 4o médico, o Pai, que foi uma ajuda preciosa. Que eu estava sempre preocupada que ele não olhasse para a zona de acção. Que a enfermeira teve que vir perguntar como é que a criança se chamava afinal ( porque combinamos que só escolheríamos o nome quando olhassemos para ele depois no meio da emoção não nos lembramos disso - Quem é que não se lembra disso? Quem???) 
Por vezes ponho-me a pensar se para a próxima dispensarei as drogas. Quero ter a percepção de tudo o que se passar, quero lembrar-me de tudo, não quero que ninguém se lembre mais do que eu. 
Depois páro de me armar em parva e chego à conclusão de que sou uma maricas do pior e desmaiava facilmente ao 5o dedo de dilatação ( se não antes) se não me drogassem até ao tutano e que tenho sempre alguém que me recorde o que eu esqueci. Pesando os prós e os contras, serve perfeitamente. 



sábado, 15 de junho de 2013

Um Terror de noite

Ontem à noite estava a ver que enfartava! 
O pequeno F. desatou numa choradeira gritada duas horas depois de adormecer. O pai correu ( e pelo meio ía partindo o cócix) agarrou nele e a criança parecia em transe, nem vou descrever a cena toda porque até me custa relembrar.  Dez ( longos) minutos depois, já estava mais calmo mas ainda um pouco assustado, nervoso e ensonado. Demos-lhe um biberão, ele bebeu,  voltámos a pô-lo na cama e ele dormiu o resto da noite muito tranquilamente. 
Eu e o pai é que não! 
Hoje de manhã borrifei-me para o facto de ser Sábado e assim que me pareceu ser uma hora minimamente aceitável telefonei à pediatra, uma jóia de mulher que me atende sempre o telefone sem nunca reclamar. 
Tendo em conta a minha descrição muito provavelmente foi um episódio de " terrores nocturnos", uma espécie distúrbio do sono. Não confundir com pesadelos, nesses eles acordam e depois choram porque se recordam do que sonharam ou porque ainda estão assustados. Nos terrores nocturnos eles não estão acordados, estão a dormir embora possam estar inclusivamentede olhos abertos. 
Foi uma cena terrível, é um facto, mas para nós que nos lembramos de tudo e passámos a noite em alerta geral. O pequeno F., graças a Deus ( e caso tenham sido mesmo TN) não se recorda de nada. 
Hoje acordou às mil maravilhas, de sorriso na cara e pronto para a brincadeira. Já eu sentia-me como se tivesse levado um enxerto de tareia, tal não foi a camada de nervos. 
Claro que, burra que só eu, antes de telefonar à pediatra comentei com uma amiga o que tinha acontecido e claro está, mais valia ter estado caladinha porque há sempre um primo do tio da mãe de uma amiga que tem um filho... Conhecem a história, certo? 
Agora é rezar para não voltar a acontecer porque embora já saiba o que é e como proceder, não se faz isto a uma mãe. Esta criança ainda me vai ' matar do coração'. Ai vai, vai. 


sexta-feira, 14 de junho de 2013

Pague uma, leve três

Ele compra umas coisas pela internet, entre elas uma mochila de uma marca de surf ( não digo qual, não me venham cá a casa buscá-las), paga uma unidade, facturam uma unidade e quantas recebe ele? TRÊS!!! 
Só a mim é que não me acontecem estas coisas. 
E estimado como ele é, é caso para dizer que ganhou um 'lifetime supply' de mochilas.
Há gente com sorte neste mundo... 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

E não é que uma das avós ainda se despachou a tempo e conseguimos ir para a rambóia?! 
So Gooooooood!!!!!





Trouxemos um manjerico para nos perfumar a casa e fazer perdurar o espítito dos Santos Populares. Pelo menos até eu o matar ( sem querer) que é basicamente o que acontece a todas as plantas desta casa... 
Só em casa é que consegui ler a quadra do nosso manjerico, escolhido no meio da confusão e com pouca luz. E o que nos calhou foi: 

???????????? 

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Amor... E uma casa ( part II)

A vida de casal não é nada fácil e quem disser o contrário ou só se mudou há 2 dias, ou é uma grande mentirosa. 
Tem tanto de maravilhoso, como de terrível. 
Lembro-me que quando comecei a viver com o meu homem tive alturas em que pensei que ele só poderia estar a brincar, ou louco, ou as duas coisas... Alturas em que eu lhe queria atirar com os tachos e as panelas todas ao focinho ( não leves a mal o 'focinho'Amor, é só para me fazer entender e mesmo em modo focinho é muito lindo) em que quis fazer as malas e voltar para o colinho da mamã... Ele teve, certamente, pensamentos semelhantes. Mas muitas houve que foram maravilhosas e que continuam a sê-lo. E hoje ainda mais com uma casa cheia com direito a cão e filho. 
Para quem começou agora a vida em comum o meu conselho é: paciência. Quilos e quilos de paciência e tolerância. Vivemos ' uma vida inteira' com os nossos pais e sabe Deus as discussões e problemas que tivemos e que só não tomaram proporções maiores porque existe uma hierarquia bem definida na relação mãe/pai- filhos, coisa que já não acontece na relação de um casal. Idealmente, estão em pé de igualdade, no mesmo patamar hierárquico e isso traz alguns problemas e conflitos.
Porque é que eu tenho que fazer como ele quer? Porque é que a maneira dele é que é correcta e a minha não? Ele não manda em mim! Eu sempre fiz assim , porque é que hei-de fazer de outra forma?
Há que arranjar um compromisso. Há que ceder umas vezes e fincar o pé noutras. Há que parar e respirar bem fundo e devagarinho... Mas acima de tudo tem que haver Amor, se ele existir, é meio caminho andado.
Por isso não desesperes. Sim, tu! A vossa relação não vai acabar, tu não vais ficar sozinha para sempre e envelhecer numa casa cheia de gatos, ok?! 
Daqui a uns tempos vais olhar para trás e perceber que este ' período de habituação' foi necessário e até mesmo benéfico. 

O meu bairro

Gosto muito de viver onde vivo. Gosto da zona, da proximidade ao mar, da quantidade de jardins, do circuito de desporto, das pessoas... Há por aqui um sentimento bairrista, os vizinhos são muito simpáticos, muitos deles já passaram mesmo a ser nossos amigos. Vão à feirinha e trazem-nos farturas ás 23h, o F. faz anos e nós vamos entregar uma fatia de bolo, eles compram-lhe presentes. Jantamos em casa uns dos outros, os nossos filhos crescem e brincam juntos, tomamos o pequeno-almoço juntos no café aqui do 'bairro', organizam-se passeios com os cães e convívios dos moradores. Isto ainda existe sem ser nos bairros típicos de Lisboa? Aqui sim, existe e a convivência é cada dia mais gira. 
Hoje é noite de Santos e já há duas festas por aqui, uma na zona mais antiga, outra aqui na zona nova. Para ser mais precisa, mesmo por baixo de minha casa. Nestas noites uma pessoa ainda fica mais bairrista.  Queria tanto ir, tanto! Mas não há avós disponíveis e o F. não está em condições para apanhar frio hoje à noite. Vou ficar a roer-me toda a noite e ver os meus queridos vizinhos/amigos a dançar ao som de Quim Barreiros e outras pérolas. Ce la vie...
 Para o ano há mais e se Deus quiser o F. já há-de ter saído da fase flor-de-estufa- início-de-creche e pode vir connosco e passar a noite a brincar no parque com os amiguinhos aqui do bairro. 
Resta-me a certeza de que hoje nos hão-de trazer uns petiscos aqui a casa para nos alegrar a noite e nos fazer sentir um bocadinho mais próximos de todos lá em baixo. 
Boa noite de Santos! 




Douradinho Report

Parece que sim, temos otite. Mas nada de grave, nada que umas lavagens e umas gotas não resolvam. Daqui a 5 dias vamos fazer um follow-up. Cheguei mesmo a perguntar se as bactérias responsáveis pela otite do meu Douradinho não podem afectar também os humanos cá de casa, e vice-versa... Eu sei lá, pareceu-me uma pergunta estúpida, mas fi-la na mesma porque tenho o outro filho com a mesma coisa. A veterinária lá me olhou com ar de 'és um bocado burra, não?!' e respondeu que não. 
A 'massa' aparentemente é só um lipoma mas  por via das dúvidas mandámos uma amostra para análise. 

Portanto resumindo:
- Lavagens e gotas nos ouvidos do Douradinho 2 vezes ao dia durante 10 dias; 
- Antibiótico ao F. de 8 em 8 horas durante 10 dias + brufen de 12 em 12 horas durante 3 dias; 

Já nem vou falar na medicação contra as alergias do meu homem porque nunca mais daqui saía. Demora quase tanto tempo a tomar tudo antes de se deitar como eu a pôr os cremes da noite. 

E é isto nesta casa de enfermos.




Uma otite nunca vem só ( pelo menos nesta casa)

Logo pela matina com o Douradinho no veterinário. Ele aguarda no único sítio onde se sente seguro, deitado aos meus pés, cabeça enfiado debaixo da minha cadeira...se tivesse tamanho e as ancas lho permitissem já me tinha saltado para o colo. Desconfio que é outro que também está com uma otite. Solidariedade entre irmãos! Fora isso descobrimos uma alto ao pé da barriga, uma massa consideravelmente grande. Até tenho medo de saber o que é... 
Já dou notícias. 

terça-feira, 11 de junho de 2013

O ovo de Colombo

Eu sou uma rapariga que adora dicas culinárias e se me disserem para picar o lombo de porco com um garfo 52 vezes e para o cozinhar 1h22m exactamente, eu faço-o. Se me disserem que um bife de vaca de espessura X deve ser cozinhado 1 minuto de um lado, 2 minutos do outro, eu faço-o... Pois que nunca obtenho o resultado esperado. Nunca!
E por isso mesmo, ontem quando decidi seguir uma dica facebookiana para cozer um ovo na perfeição, ou seja, ovo em que a gema não fica seca e esbranquiçada, que se descasca com a maior facilidade sem se desfazer e essas marquices todas, achei que me ía sair na rifa um ovinho escalfado, mas não. Ficou perfeitinho, perfeitinho e por isso partilho aqui a dica ( e toda a minha excitação)!

O ovo cozido perfeito consegue-se da seguinte forma: 

Ferver a água e colocar o ovo ( saído directamente do frigorífico) na água exactamente 3 minutos. 
Desligar o lume e deixar o ovo na água por mais 10 minutos. 
Retirar, passar por água fria, e tcharan, temos um ovo cozido de fazer inveja ao José Avillez. Ou talvez não, porque na realidade é só um mísero ovo cozido, mas eu avisei que ía partilhar a minha excitação e sou um tanto dada a exageros. 


segunda-feira, 10 de junho de 2013

Presentes de Aniversários

A escolha do presente de Aniversário do pequeno terrorista foi um algo que nos deu um gostinho especial. Rumámos ao Toys R Us e depois de muita procura, lá nos decidimos por um ' triciclo evolutivo'. Não faço a mais pequena ideia se é esse o nome técnico, mas é o nome que lhe dei. O pai ainda me tentou convencer que uma miniatura de um Audi R8 seria muito mais fixe... Boys and there toys... 

Escusado será dizer que o F. adorou, mas continuo a achar que quem está mesmo entusiasmado é o Pai. Vamos à rua, vai de triciclo. Vamos ao shopping, vai de triciclo. Estamos em casa, anda de triciclo. Fazem circuitos, o Pai vai fazendo os barulhinhos- bããããn, bããããn, bãããn. A criança delira e já bate palminhas quando o Pai 'saca cavalinho'. Qual deles é mais criança? Ainda estou a tentar formar uma opinião... 







O segundo presente de Aniversário foi uma visita ao Oceanário. Dificilmente podia ter corrido pior. 32€ deitados ao tanque dos tubarões! 
Acertámos em cheio no Dia dos Oceanos, já não bastava ser Sábado... Quando metemos a pata na poça é à grande! 
O oceanário estava apinhado de gente, o tempo estava do pior ( para não variar) e o F. fez birra desde que entrou até sair. Ele chorou no carrinho, ele chorou ao colo... O Pai ficou tristíssimo, logo ele que adora essas coisas: "Mas este puto em vez de ver os peixes quer é gatinhar e lamber a carpete?" 
Não correu muito bem, não. 
Paciência, para o ano vamos só ao jardim atrás de nossa casa e certamente o F. há-de encontrar uma erva daninha qualquer com que se entreter. É que nestas coisas eles contentam-se com pouco, nós é que queremos sempre proporcionar-lhes momentos únicos e inesquecíveis... Dos quais eles se esquecem em 5 minutos e que ficam para sempre na nossa memória, pelas piores razões. 


domingo, 9 de junho de 2013

Querido São Pedro

Este no ano estás muito pouco querido. Arrisco-me mesmo a dizer que estás a precisar de uns tabefes no focinho. Vamos lá saber, que tempo é este?!
Estamos em Junho, sabias? Em muitas praias, já se deu início à época balnear, e por balnear, significa que a malta vai a banhos... Desloca-se fisicamente para dentro de àgua, escusas de nos poupar o trabalho e de nos dar uma molha em terra. Nós gostamos mesmo é de ter opção de escolha. Podes reter as águas em cima só durante uns meses? 
Já nem peço por mim mas é que eu pari uma flor de estufa, apanha bichos em cada esquina e este tempo não está a ajudar. Não está a ajudar mesmo nada! 
Eu já não sei se arrumo as botas, se encaixoto as minhas Hunter, se ando de Havaianas, já para não falar nos biquinis. É para guardar indefinidamente ou podem ir para a gaveta mais à mão? 
Bem sei que só conseguimos marcar férias em família em Outubro mas isso foi só porque o meu Homem não conseguiu marcar antes, não estavamos a antecipar que não existisse Verão este ano. A malta continua a ter fins-de-semana... 
Dá para mandar o Sol, os 30*C? Agradecida. 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Há um ano atrás

Por esta altura, há exactamente um ano atrás, eu começava a sentir as dores de parto. De início não soube identificar, deixei o jantar a meio e fui 'só ali esticar-me um bocadinho'. Impossível serem dores de parto, acabei de sair da consulta e marcamos indução porque as coisas ainda estão muito atrasadas. Impossível! Duas horas depois encolhia-me na cama em posição fetal enquanto o pai telefonava para o hospital e tentava  explicar o que eu sentia. O recado foi claro: " venham para cá, está em trabalho de parto!" WTF??? Como assim? Eu acabei de sair daí, estava tudo calmo cá dentro. CTG sem uma única contracção... Como assim? 
Enquanto ouvia o telefonema mudei de posição e já estava debruçada sobre a mesa da sala de unhas cravadas na madeira... Com tantas dores. Hoje já não consigo descrevê-las com exactidão, se conseguisse acho que não me passaria pela cabeça ter outro filho. São más, muito más... É só isso. 
Dei entrada no hospital perto das 2h da manhã, rebentaram-me as àguas, eu implorei uma epidural, eu exigi uma epidural, eu chorei por uma epidural. Cheguei a dizer ao pai: 
- Vai lá fora e chama alguém. Quero uma epidural agora, não quero saber se tenho um dedo ou vinte de dilatação, ou me dão a epidural agora ou que se lixe o parto normal e quero uma cesariana AGORA!!!!
- ssssim querida, sim, vou tentar.

Sei que ele estava uma pilha, mas não transpareceu. As enfermeiras disseram-me algumas vezes que ele estava nervosissimo, mas foi calmo, assertivo, empurrou a minha barriga, agarrou-me a mão, respirou comigo, incentivou-me, foi a minha bengala. 

O parto foi muito rápido ou pelo menos assim me pareceu e às 7h47m do dia 7 de Junho de 2012 o meu mundo mudou para sempre. Eu dei vida a um Ser e renasci enquanto pessoa,mulher... Tornei-me Mãe. Não consigo explicar exactamente o que senti quando recebi aqueles 3.250kg de gente nos braços. Nada do que eu disser é suficiente para descrever aquele momento, tão pouco este último ano- o melhor da minha vida! 
Gosto muito de ser Mãe, por mim podem vir mais um ou dois, que venham com saúde é tudo o que quero. O resto eu aguento, as noites sem dormir, as cólicas, as birras, a falta de tempo para tomar banho, a preocupação constante. Vale tudo. Basta um sorriso, basta um esgar, basta um olhar do ' nosso' ser, da nossa cria, do nosso Amor maior que tudo, do nosso filho. 
Há um ano a minha vida estava prestes a mudar para sempre. 


quarta-feira, 5 de junho de 2013

Está uma pessoa preocupada com merdas...

O pequeno Rodrigo não resistiu e partiu hoje. Queria escrever uma data de coisas bonitas em jeito de homenagem, mas não existe nada de bonito em tudo isto. O Rodrigo sofreu, definhou, lutou, quando, se este mundo fosse justo, ele teria brincado, crescido...
Eu estive presente num evento por ele. Tornei-me dadora de medula por mim e por ele e por muitas outras pessoas. Sempre o quis fazer, fui adiando e entretanto ouvi a história do Rodrigo que me tocou assim como a tantas pessoas. Fui lá na esperança de poder ajudar, se não a ele, então a outros. Mais do que o sentimento de pertença e de união que temos quando participamos nestas coisas, pensei mesmo que tanta oração, tanta fé, tanta gente a torcer por ele não poderia ter este fim. A verdade é que a vida tem tanto de bom como de filha da puta e nós queremos sempre acreditar em finais felizes, especialmente quando estamos a falar da vida de uma criança, mas muitas vezes, muitas mais do que o aceitável, isso não acontece e não há orações, mães lutadoras ou boas energias que salvem quem merece ser salvo. 
Hoje abracei o meu filho com um bocadinho mais de força, besuntei-o de beijos um pouquinho mais, cheirei-o até não conseguir mais inspirar mais porque o Amo muito, porque tenho um medo terrível de que alguma coisa de mal lhe possa acontecer e porque hoje há mais uma Mãe que não vai poder fazer o mesmo à sua cria. 
Hoje quando pedir a Deus que guarde sempre o meu filho, que lhe dê sempre muita saúde e seja sempre feliz vou dedicar uma última oração ao Rodrigo à sua mãe porque é a única coisa que posso fazer... 

Espero que estejas mesmo num lugar melhor.



Hoje tirei o dia para tratar de mim. Não fui a um Spa, não. Mas devia... 
Passei a manhã no dentista. Higiene, consulta de rotina e decidi ver soluções para endireitar os dentes. Gostei muito das sugestões, pelo menos até me chegar o orçamento... Aí acho que vou achar tudo péssimo, mas veremos. A consulta com a higienista foi como ir ao quadro numa aula de matemática do 7o ano. Sabemos que vamos levar nas orelhas e sair de lá de rabinho entre as pernas. Deu-me inclusivamente um castigo e acabei com a boca toda cor de rosa e cheínha de vergonha- 'vou-lhe fazer o que fazemos às criancinhas', diz ela. Sonsa! 
Eu escovo os dentes 3 a 4 vezes ao dia. Parece que estamos bem em quantidade, mal em qualidade. Tudo bem, vamos lá resolver isso que eu não quero mais ralhetes, sim doutora?!
Agora tinha consulta no otorrino, para ver se de facto tenho audição selectiva ou se ouço mesmo mal. Saber como lidar com a filha da mãe da sinusite que este ano está a dar cabo de mim... Mas parece que não há consulta para ninguém. Acho que 40 min. de espera é suficiente, não?! É pois, vou-me por na alheta que o meu tempo também é valioso e se o Sr. Dr. não está interessado em ganhar mais €60 eu vou dar-lhes melhor uso.



segunda-feira, 3 de junho de 2013

Consulta dos 12 meses

O que a pediatra diz VS O que eu ouço

"Ele já está quase a andar sem ajudas"
Vai-te preparando, hás-de correr este mundo e outro.

"Ele é um bebé muito curioso e atento, nunca nenhuma criança tinha descoberto esse fio aí solto, pois ele foi dar com ele."
Tem cuidado. Tem muito cuidado! Este miudo vai-te pregar sustos de morte!

"Deixe-o explorar a comida, brincar... É importante que desenvolva a capacidade de comer sozinho o quanto antes"
Muito merda vais tu limpar, filha! 

"Mas ele ainda bebe biberão á noite??? Mas sabe que ele já tem capacidade de fazer o jejum nocturno e o facto de continuar a engordar mostra que não tem fome, pode ser só o hábito..."
Estás a mimar a criança! E depois queixa-te que não dormes nada de jeito...

"Essa tosse seca e irritativa depois do biberão é refluxo- o estomâgo ainda está cheio do jantar e ele bebe o biberão apenas umas horas depois... É natural que tenha refluxo e que algum do leite lhe pinge na traqueia provocando irritação."
Eu não te avisei já que o estás a mimar?? Não é fome! É hábito! Se te oferecerem uma tablete de chocolate e não estiveres em dieta também não vais recusar, pois não?! 

"Ele já pode comer da comida dos pais."
Está na hora de cortar no sal. 

"Ele é uma criança tão dada, não estranha ninguém, nem a mim que lhe faço estas maldades todas"
O teu filho é uma " Maria-vai-com-todos"! 

"Não o leve já às vacinas, deixe ver se o nariz pára de pingar e se esta tossezinha se vai embora"
Cheira-me que vem lá outro bicho...É melhor começar a rezar! 

"Muito cuidado com as piscinas"
Está na hora de o inscrever na natação e de lhe comprar umas braçadeiras. 

"Ele é mesmo muito giro!"
O teu filho é o bebé mais lindo do mundo. 


E é isto que se retém da consulta dos 12 meses. 







Teste, um, dois...ainda está aí alguém?

Grandes férias estas minhas, ãh?! 
Não me vou alongar muito em explicações mas faltava-me a vontade, não tive nada de interessante para dizer. A minha vida resumiu-se, em grande parte, durante este período de afastamento dos meus divaganços, a estar em casa a cuidar do poço de vírus em que o meu filho se transformou durante 2 semanas, a desesperar porque queria bom tempo, depois desesperei porque ele chegou e eu estava "presa" em casa, depois vêm as neuroses e as birras, minhas e não do pequeno F. como seria expectável. Birras porque durmo pouco há demasiado tempo, porque me preocupo demais tentando manter o ar de descontração, porque trabalho menos do que devia, porque sinto o peso do mundo sobre as costas, porque tenho demasiados momentos para pensar em como podia fazer mais e melhor... Birras e mais birras, pronto!

Agora, de volta à normalidade, sinto falta de escrever e como durante este período de ausência tive reclamações por não andar aqui a fofocar, decidi por de lado as minhas dúvidas sobre se deveria ou não continuar a Divagar e vamos lá a isto.
Então e a vidinha, como corre? Corre bem, obrigadinha. 
O meu pequeno terrorista, assim apelidado pelas educadoras, está prestes a fazer 1 ano. UM ANO! Está eléctrico, prestes a andar pelo próprio pé, já tem 8 dentes, diz Adeus, bate palminhas ao som das músicas, fala pelos cotovelos (embora ninguém o entenda, lá chegaremos), chama por mim (Ma-mãaa) quando está aflito ou quando depois de uns minutos de choro decide jogar a última cartada, aquela a que nenhuma Mãe resiste e saí-lhe um Ma-mãaaa perfeitinho. Já foi à praia imensas vezes e eu já percebi que só voltarei a ter uns dias de praia alargatados, como eu gosto, quando ele estiver na adolescência. Até lá não sento o rabo na areia durante mais de 30 seg. Dou-me por feliz que ainda não tenho que correr atrás dele, e portanto não me abano que nem gelatina pelo areal, por agora ainda o alcanço com relativa facilidade sem me envergonhar. Ainda tenho uns meses para abater estes malditos quilos que assentaram arraias nas minhas ancas. 
Já sabe brincar, empurra carrinhos, balança o corpo quando os brinquedos cantam, abraça-se aos peluches e encosta a cabecinha, tal como faz connosco. É um doce, pá! Tenho o filho mais lindo do mundo. E que ninguém me corrija!

O trabalho também corre bem. Há muitos projectos em filinha indiana prontos para eu os tirar da gaveta e decidir fazer o que gosto, o que quero, sem medos e sem dúvidas. 
Já voltei a ter o peso que tinha antes de engravidar, o que não quer obrigatoriamente dizer que eu de momento seja uma sereia, que não sou. Ainda há aqui muito trabalhinho a ser feito. 
Em termos de dinâmica familiar e vida conjugal a coisa não está propriamente fácil. Há dias em que só nos apetece apertar o pescoço um ao outro. Cada um fala e não diz nada. Andamos ali entretidos com tretas e agora não há tempo para tretas! Eu não sei como é que há mulheres que têm filhos para prender os homens... ao fim de 1 ano chego à conclusão que são precisos quilos de Super Cola 3 para manter uma relação depois do nascimento de um filho. A paciência que tinhamos um para o outro tem agora que ser dividida com mais um ser, o tempo idem e o Amor, esse não se divide, tem sim que dobrar. Mas  isto com calma e boa disposição tudo se resolve. É o que tem acontecido. 
E agora vá, dêm-me as boas-vindas que eu prometo deixar-me de tretas e por este diário virtual a mexer novamente. 


quarta-feira, 1 de maio de 2013

Tenho a sensação de que não faço mais nada durante 12 horas que não seja sopa, pescada cozida, massinhas, arroz, puré de batata, legumes salteados... A minha Bimby está a levar a 'esfrega' da sua vida e se resistir mais 6 meses é oficialmente a melhor compra de sempre.
O facto de passar a vidinha entre tachos e panelas, a fazer comida para o F. com muito Amor e carinho não significa necessariamente que ele a coma. Nããão, a criança é de gostos mais simples. Uma papa docinha faz-lhe as delícias. Comida da mamã equivale a muita choradeira, muita comida a voar pela cozinha, muita sopa nas pestanas, nos ouvidos, em todo o lado, menos dentro da goela.
Eu acho ( ACHO mas posso estar enganada) que até sou uma rapariga desenrascada na cozinha, que até faço umas coisinhas jeitosas, mas se calhar é mesmo só para o paladar dos graúdos.
A hora da refeição é um tormento, não sei se mais para mim, se mais para o F., ou se até mesmo para o Pai que fica na sala a ouvi-lo chorar, ouvir-me deseperar e ouvir o Douradinho a queixar-se de que precisa de ir à rua.
Eeeee por falar em Pai, hoje pedi-lhe socorro e ele socorreu... E a criança ía tendo um colapso nervoso. Com ele não há cá 'farinha'. Não há choro que o faça desistir, não há ranho que o desmotive... Com ele come-se tudo e ponto final. E comeu! E eu enrolei-me toda no sofá enquanto ouvia o meu filho berrar e partir-me o coração em mil bocadinhos.
Eu não sou a mãe facilitadora e permissiva. Quem me conhece sabe que não sou, mas não tenho estômago para aquilo. Ou se calhar AGORA já não tenho... O que ao final de centenas de refeições até é compreensível. Eu só quero é que aquilo acabe rápido.
São todos os pequenos almoços, almoços, lanches e jantares a meu cargo e acho que nos últimos dias ( que tem sido os piores de sempre) o F. já sente a minha ansiedade e rejeita a comida logo na primeira colher.
Amanhã é um novo dia e eu JURO que vou respirar fundo, trautear uma música zen na minha cabeça e entrar na cozinha carregada de optimismo.

A somar ao maravilhoso humor à hora das refeições, o Baby F. está novamente com o bicho, ou serão alergias? Ou serão só os dentes? Ou terá sido o vento dos últimos dias? Uma pessoa enlouquece a pensar o que pode fazer, o motivo de tanta tosse... Diz que se mamarem ficam com mais defesas, que se mamarem em ambientes calmos serão crianças equilibradas á hora de comer e não são cá precisos aviõezinhos... Pois, diz que sim...

quarta-feira, 24 de abril de 2013

E enquanto não chega a frente de frio polar prevista para o fim de semana, fomos ao parque ver os patinhos, pombinhos e pardalitos ( a.k.a. passarinhos vulgaris).
Amanhã temos previstas umas horinhas de praia.
Bons passeios, boa praia e bom feriado!

Palavras para a M

Baby, estás quase a chegar e eu estou em pulgas para te conhecer, minha sobrinha emprestada/ cunhada arranjada.
Decidiste sentar-te à espera que te fossem buscar. E vão querida, acho que vão já neste fim de semana.
Acompanhei o teu crescimento na barriga da tua Mamã. Vi os três primeiros meses cheios de enjoos, os meses seguintes carregados de sorrisos, vi a tua mãe chegar aos 50 kgs ( um feito!) e agora aos 60...coff, coff. Entrei em 20 mil lojas e deliciei-me com roupa de menina, fartei-me de pensar no que te podia oferecer, no que te haveria de fazer falta, no que haverias de gostar.... Comprei-te babygrows em cor de rosa integral com golinha bordada, gorros em lã, lençois de princesa, tudo como tu mereces.
Imagino-te daqui a uns tempos a brincar com o F. no chão lá de casa enquanto os adultos jantam e jogam Time's Up. Imagino-vos na praia a chatearem-nos a cabeça para irem à água pela milésima vez, a puxarem as orelhas e rabo ao Douradinho. Imagino que partilham chuchas, que vão para os mesmos ATL's...
Sei que vais ser linda e doce como a tua mãe. Que vais ser educada com bons princípios e valores e com um grande sentido de justiça.
Tens aqui uma tia que já te ama muito e tu ainda nem estás cá fora! Que te vai levar às compras e oferece-te as coisas que os pais não oferecem- os ténis cor de rosa com luzinhas e rodinhas, a saia de tule que só vais ser autorizada a usar em casa e no carnaval, as mini galochas que vais embirrar em querer usar no Verão, a maquilhagem que vai tirar o sono ao teu pai... Vou ser a pior tia do mundo aos olhos deles, a melhor para ti, prometo.
Estamos todos à tua espera para te encher de miminhos, beijinhos e abracinhos. Hurry up Baby, o mundo é teu e está à tua espera com os braços bem abertos.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Staying home/ working Mom

Tal como já tinha dito antes, o F. vai começar na creche a full-time já para o mês que vem e eu confesso que estou ansiosa. Adoro estar com o meu filho, não me interpretem mal, mas eu PRECISO de voltar à vida activa, também ela a full-time. E acho que vou chegar menos cansada ao final do dia do que chego agora. Ele não é um bebé chato, nem birrento mas cansa, Meu Deus, como cansa tomar conta dele todo o dia, todos os dias - menos 4 horas de creche por dia não é nada, convenhamos.
Ontem depois de mais um dia daqueles dei por mim com puto na cama, cão passeado, jantar feito, e fui só à garagem depositar mais uma saco de roupa do F. e no sossego do canto do elevador, fechei os olhos e juro que pensei por uns segundos que era bem capaz de me enrolar ali no cantinho do elevador e dormir.
Cheguei mesmo a este ponto? Ah pois cheguei! E se esta vida durasse muito mais tempo acho que era capaz de encravar o elevador só para ficar ali uma horinha na paz do senhor enquanto não me íam buscar.
Eu que ria e abanava a cabeça quando via mulheres na Oprah dizerem que ser Mãe era o trabalho mais difícil e desgastante do mundo. ' Dizem isso porque nunca apanharam caranguejo no mar do Alasca', pensava eu...
Check! Ser Mãe é mesmo o trabalho mais difícil e desgastante que existe! E eu também nunca trabalhei na pesca do caranguejo.