quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

❤️Avó

Neste Natal perdemos a matriarca da família. Decidiu no dia 24 ir passar o Natal junto do meu avô. Foi um Natal triste e cinzento, como o tempo. 
Ficam 94 anos de histórias contadas, de uma vida longa e feliz, com um filho, dois netos e quatro bisnetos. 
Recordarei para sempre a avó como a pessoa que mais brincou comigo- ninguém brincava como ela. Fazia as histórias, encarnava as personagens fossem elas mãe, filha, doutora, paciente, homem do pão... A imaginação nunca lhe faltava. Ficam as histórias dos irmãos Metralha, do Laranjinha- o bom ladrão, ficam as pegas da cozinha feitas em crochet, ficam as receitas de salsicha enrolada em massa tenta, os camarões panados. Fica a lembrança da carne que picava para a nossa sopa e que nos ía dando ainda a sopa não estava acabada de fazer. Ficam os Verões passados a apanhar cenouras, a colher figos, as investidas ao galinheiro para ir buscar os ovos, muitos deles com duas gemas. 
Ficam os queijos da Serra que me trazia todos os anos, esquecendo sempre que odeio queijo. Ficam as perguntas ao pequeno almoço sobre o que queria para o almoço, ao almoço o que queria para o jantar. Fica o ovo com poço, as flores amarelas que apanhavamos para trazer para casa nos passeios ao entardecer. 
Ficam muitos anos de carinho, de uma avó como muitos netos queriam ter e uma partida deste mundo à sua moda: sendo o centro das atenções. Não poderia ser de outra forma. 
Obrigada por tudo Avó. Sentirei muito a tua falta, mas sei que estás a olhar por todos nós. 
Um beijinho da tua neta que te Adora ❤️

domingo, 22 de dezembro de 2013

Fim de semana carregado de jantares natalícios. Hoje podia ficar em casa a curar a laringite, que podia. Mas não fico.   Tenho um beijinho repenicado para entregar pessoalmente a alguém muito importante e eu faço mesmo questão que ela saiba o quão importante é. 
Vou de surpresa, vou num pé e volto no outro, mas vou! Porque há beijinhos que não podemos guardar para depois. Tem que ser no dia e na hora certa. Tem que ser de surpresa e inesperados. 
Têm que ser de mim para ti! 
Até já Babyyyyy!!!!

Brotherhood

Ontem foi noite de Jantar de Natal de amigos, amigos de longa, longa data... Mais de 20 anos. 
Meu Deus, conservar amizades há mais de 20 anos é um sinal claro de que não estamos a caminhar para novos.
Em cada jantar, que regra geral acontece apenas 1 vez por ano, sinto que estamos todos tão diferentes mas tão iguais. Parece que não nos vemos apenas há uns dias e na realidade passam-se 365 de cada vez. As conversas fazem-se com tanta facilidade, os beijinhos e abraços são trocados com a sinceridade e alegria de sempre. 
Tenho amigos que vejo com muito mais regularidade e não sinto a proximidade que sinto com este grupo... Talvez porque trocámos chuchas, porque fizemos a sesta de meio do dia juntos, porque passamos grande parte da nossa vida e tantos momentos importantes lado a lado. Formámos a nossa personalidade juntos, aprendemos valores comuns... 
Sinto-me como se tivesse irmãos por aí espalhados e que ( infelizmente) só reencontro uma vez por outra. Sinto-me em casa. 
E todos sentimos o mesmo. É tudo tão fácil e natural. 
E estes jantares chegam-nos para contar as novidades, para vermos fotos dos filhos uns dos outros, para nos rirmos com as asneiras que fazíamos na altura do colégio ... e foram tantas que não sei como resistimos até ao 9o ano todos por lá.
Só tenho pena que com a conversa toda nos tenhamos esquecido de tirar uma foto, mas fica tudo guardado com carinho nas nossas memórias, que havemos de partilhar daqui a mais 20 anos. 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

No grupo das Mães alguém publica um pedido de ajuda porque 'a máquina de aerossoís não deita fumo branco, o que se passará???'
Estive a um dedo mindinho de comentar: 'so, there's no Pope yet'. 
Depois achei que isto daria direito a expulsão na certa e fiquei sossegadinha a rir com Ele no sofá. 

Chega a uma certa hora e sou invadida por uma estupidez sem descrição. 
Acabei de apanhar o Pai da criança a besuntá-la de beijinhos e miminhos enquanto ela dorme... 

Já não libertava tanta oxitocina desde que pari, pá! 

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Vou à Knot comprar dois casacos de malha e um casaco de Inverno que me custam os olhos da cara. 
Passo o dia a tentar mentalizar-me de que foi dinheiro bem gasto porque as peças são de boa qualidade e fui esperta por comprar 1 tamanho acima... Ainda não estava totalmente mentalizada e recebo esta mensagem: 

 
Não vale a pena dizer mais nada pois não?! 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Eu sou uma pessoa distraída, esquecida e meio aluada, características que se acentuam quando a vida não me corre de feição. Que é o caso!
Há umas semanas, com a cabeça feita em água, fui passear o cão. Vesti o casaco, agarrei as chaves de casa, o telemóvel e a trela. Gesticulei-lhe, apontando para a trela, que ía sair com o douradinho. Ele estava ao telefone e acenou enquanto dava um olho ao F. que corria pela casa ( sim, ja anda, corre...).
Saí. 
Carreguei no botão do elevador e esperei.
O elevador chegou e eu entrei.
De repente: " merda, então e o cão?!"
Voltei a entrar em casa sem dar grandes explicações, agarrei no cão que estava à porta com um ar baralhado ( pudera!) e saí enquanto ele ria e contava o meu feito pelo telefone. 
Também já perdi um elástico do cabelo ( que anda sempre no meu pulso desde que fui mãe) e fui dar com ele horas depois de o ter ' perdido'... no tornozelo.
Diz que nem vale a pena tentar explicar. Eu concordo.
Há uns meses atrás...


Uma pessoa tem um carrinho todo catita para a criança. Chega alguém ( eu não quero ser queixinhas, mas foi o Pai) e diz que é enorme, que dá trabalho a montar, que é quente demais... Nós lá concordamos e vamos à procura de outra solução por tuta e meia.
Solução: carrinho-bengala do Continente. 
Hoje lá fui, com a criança ao colo ao Continente. Não fazia sentido levar o antigo para depois vir com os dois no porta bagagens. Comprei o carrinho, montaram-no logo ali, não trouxe caixa, nem plásticos, nem essas traquitanas todas, mas felizmente trouxe o caderninho das instruções. 
Chegados ao carro, toca de pôr o F. na cadeirinha e vamos lá fechar esta maravilha de carrinho leve, práctico, fresco... O caneco é o que é!
E quem é que fechava aquela merda???
A criança chorava no carro, eu entalava-me a cada 2 minutos na porcaria do carrinho-bengala, top dos práticos, leves e frescos, e nada de fechar aquela coisa! 
Abri o caderninho das instruções que tem muitas páginas mas só uma é em português. Bolas, se as instruções são só uma página eu sou mesmo muito azelha. 
Toca de seguir as instruções... e o carrinho nem mexia. 'Puxar o travão de baixo com o pé e seguidamente o de cima com a mão, dobrar e está pronto a arrumar'. 
Deve ser coisa fácil quando o carrinho já tem algum tempo de uso e as dobradiças estão mais lassas, mas agora não é. Muito menos para quem está de havaianas. Ainda tenho a marca do travão no pé. 
Ainda tentei enfia-lo no porta bagagens aberto... Mas depois lá consegui fecha-lo. 
Epa, cabe mal e porcamente no carro! Nao cabe lá mais nada! 


4 meses depois já descobri que de facto é muito fácil de fechar mas as instruções omitem (deliberadamente e para nós fazermos figuras tristes!!!) um pequeno pormenor. Fora isto continua a mal caber no porta-bagagens e a criança não fica lá nada confortável.
Quem tinha razão?






VAMOS LÁ POR ISTO A MEXER NOVAMENTE???