Susto nº 3

E quanto mais cedo falasse dos sustos que o douradinho já nos pregou, mais cedo ele havia de nos pregar mais um.
Hoje chegámos a casa e ele não se conseguia levantar... gania e tentava levantar-se... sem sorte.
Ele correu para o Hospital Veterinário de Oeiras para ir buscar qualquer coisa que o ajudasse. Voltou minutos depois com um saquinho com cheio de "bombas". Anti-inflamatórios, analgésicos, fortalecedores ósseos... Comeu mais cedo do que o normal para poder tomar os remédios, deitado no tapete da sala, entre dentadas na ração e lamentos.
Quem tem animais sabe o que custa vê-los a sofrer, o que custa pensar que não há muito mais que possamos fazer por agora.
Em 2010, quando teve a 1ª crise provocada pela displasia da anca, fomos aconselhados a pensar numa operação, que tendo em conta a idade dele já não passaria pela colocação de um prótese mas sim por remover parte do osso da pata que encaixa na anca. Pedimos uma segunda opinião e acabamos por tentar uma dieta rígida, exercício regular mas moderado e suplementos alimentares específicos para ossos e articulações. E resultou, até hoje...
Por esta altura os medicamentos já fizeram efeito e já o conseguimos levar à rua. Agora é continuar o tratamento, leva-lo ao veterinário para observação quando estiver em condições e ver como evolui.
É nestas alturas que me lembro que ele já tem 10 anos em cima e que não vai viver mais 10. Só quero que continue a ter qualidade de vida e que seja muito feliz connosco durante o tempo que lhe resta e que tenho que começar a meter na cabeça, a muito custo, que o douradinho está velhinho e que os tempos que se seguem vão trazer cada vez mais episódios destes.
Agora está deitado aos nossos pés, depois de muitos mimos dos donos, "drogado" até à ponta das unhas, mas descansado e mais confortável. E por agora é tudo o que pedimos...