Sabem quando estamos aflitinhas para ir à casa de banho e quanto mais próximas estamos dela, mais aflitas ficamos???
É mais ou menos assim que me sinto por voltar à vida activa, ao trabalho. Quanto mais próximo está, mais eu preciso que o dia chegue. Preciso mesmo se quero conservar a pouca sanidade mental que me resta.
Segunda-feira é o dia!
Confesso que estou a sofrer de ansiedade. Ansiedade porque sei que as coisas por lá não estão a correr muito bem e que vai ser necessário um esforço hercúleo para dar a volta por cima e também porque sinto que vou entregar o Baby F. ao mundo. Até agora ele era meu... para a semana vai passar a ser do mundo. E isso põe-me o coração do tamanho de uma azeitona.
Mas uma coisa é certa- EU PRECISO MESMO DE ME MEXER!!! A vida, para além da maternidade, do Panda, da Xana Toc Toc, das fraldas, dos dodots... espera por mim. Não me entendam mal, adorei estar em casa com F. durante estes 6 meses. Foi muito importante para nós os dois. Vivi momentos únicos e que não trocava por nada."Aproveitei-o" todos os minutos e não me arrependo nada.
Ontem, depois de um dia de muita birra da minha parte, onde quase disputei o pódio com o Baby F., eu disse-lhe: "Na 2ª feira já vou trabalhar..." e tive uma resposta muito pronta: "Ainda bem, porque eu já não aguento muito mais!" Eu soltei uma gargalhada, mas sei que ele estava à espera que eu desatasse aos gritos. Eu já não me aguento a mim própria, quanto mais ele.
Durante 5 meses correu tudo sobre rodas, mas no último mês tenho sentido que a minha moral, o meu humor, a minha calma e paciência têm ido por aí abaixo. Não com o F. porque com ele, consigo parar e respirar fundo, olhar para aquela carinha e a calma volta num ápice, mas com tudo o resto já não me consigo controlar . Disparo para todos os lados e depois fico a olhar para os estragos sem saber o que fazer, e aí passo-me mais um bocadinho.
Não sei se não andam por aqui umas hormonas aos saltos que não ajudam à festa mas o que é certo é que estou a abananar a sério.
O caso é graveeeee, e quem me atura é ele, mas sinto que ali a paciência também já está para lá da linha de segurança.

Prometo que agora vou respirar fundo e que vou aproveitar estes últimos dias sem birras, sem sofrer por antecipação e sem cair em cima de ninguém (dele, claro!).

Se algum dia o F. me mandar este olharzinho quando eu estiver pronta para ir trabalhar, mato-me!