quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

We should run the world

" As mulheres europeias precisam de trabalhar mais 59 dias do que os homens para conseguir ter o mesmo ordenado, revela a Comissão Europeia..."
"Os dados foram revelados nesta quarta-feira, véspera de assinalar mais um Dia Europeu da Igualdade Salarial... e mostram que a disparidade salarial média entre homens e mulheres europeus é de 16,2%" - em Jornal Público

Eu não sou uma feminista fervorosa, não me vão ver em topless numa qualquer manifestação pelo direito à igualdade ou equidade entre homens e mulheres, mais que não seja porque já não tenho mamas decentes para apresentar publicamente- consequências de ser mulher e mãe- mas não há como negar que existe uma disparidade gritante de direitos, oportunidades etc... entre os dois sexos.

Desde os meus 18 anos que voto, em todas as eleições a que o dever me obriga, e faço-o primeiramente porque sei que houveram muitas mulheres que lutaram com todas as suas forças para que eu pudesse agarrar numa caneta e fazer uma cruz, uma cruz que conta. E por isso mesmo, para mim votar é um dever.
Os homens sempre puderam fazer tudo, como se fosse um direito adquirido à nascença. Nós tivemos que lutar para votar, para trabalhar, para vestir uma porcaria de umas calças... e aparentemente nos dias que correm, em países modernos, temos que continuar a lutar para termos direito a receber o mesmo que os homens que desempenham funções iguaizinhas às nossas.

Saber que em pleno Século XXI, as mulheres europeias (é que já nem falo de mulheres de outros continentes, porque há muito, muito, muito pior) têm que trabalhar mais 59 dias por ano do que um homem para terem direito à mesma remuneração é absolutamente ridículo. É ridículo!
Para grande parte dessas mulheres a chegada ao local de trabalho, não significa necessariamente que começaram naquele preciso momento " a trabalhar". Por essa altura já pusemos crianças na escola, depois de as lavar, vestir, alimentar, mimar. Já tratamos da loiça do pequeno almoço, já deixamos uma máquina de roupa a fazer, já pusemos o jantar a descongelar, já levamos o cão à rua... já andamos nisto há 2 horas e ainda nem saímos de casa. Claro que agora podem dizer que o patrão não tem nada com isso. Pois não, não tem. E isso não é desculpa para que uma mulher tenha a vida facilitada no desempenho das suas responsabilidades profissionais, mas se as desempenha tal qual um homem ( e muitas vezes MUITO melhor) então não podem haver disparidades salariais.
Notícias como estas fazem, certamente, muitas grandes mulheres já falecidas darem voltas na campa.

Vou deixar a Beyoncé falar por mim...


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